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Pentest em sistemas de acesso físico: como um leitor de biometria pode ser comprometido

POR:

Haline Farias

Pentest em sistemas de acesso físico: como um leitor de biometria pode ser comprometido

A conectividade transformou os sistemas de controle de acesso em alvos cibernéticos. Um pentest especializado em infraestrutura física tornou-se essencial para empresas que dependem de leitores biométricos, controladores de porta e câmeras de reconhecimento facial.

Por que sistemas de acesso físico exigem Ptest

Dispositivos IoT de controle de acesso conectam segurança física e digital. Pesquisadores identificam vulnerabilidades críticas nestes sistemas regularmente.

Dados biométricos armazenados em dispositivos inteligentes apresentam riscos permanentes quando comprometidos, pois características biométricas não podem ser alteradas como senhas (Sensors Journal, 2021).

A integração com redes corporativas expande a superfície de ataque. Um controlador vulnerável pode servir como ponte para toda a infraestrutura interna.

Principais vulnerabilidades em leitores biométricos

Falhas no Firmware

Mais de 90% dos arquivos de firmware de dispositivos IoT contêm vulnerabilidades críticas, incluindo senhas embutidas no código e credenciais padrão ocultas (ONEKEY Research, 2025).

Controladores de porta apresentam riscos específicos:

  • Credenciais administrativas fixas no código
  • Ausência de criptografia em comunicações
  • Protocolos desatualizados sem patches de segurança
  • Chaves SSH compartilhadas entre dispositivos

Ataques à camada de rede

Explorações bem-sucedidas permitem que invasores monitorem comunicações, modifiquem relés integrados, alterem arquivos de configuração e causem instabilidade no sistema (CISA Advisory, 2022).

Vetores comuns incluem:

  • Injeção de comandos via protocolos OSDP
  • Buffer overflow em processos de comunicação
  • Man-in-the-middle em canais não criptografados
  • Acesso root remoto através de falhas encadeadas

Vulnerabilidades de autenticação biométrica

A implementação de sistemas biométricos em IoT agrava vulnerabilidades existentes devido a recursos limitados e problemas de escalabilidade (PMC Research, 2021).

Pontos críticos de teste:

  • Capacidade de falsificação de templates biométricos
  • Proteção contra ataques de apresentação (spoofing)
  • Segurança no armazenamento de dados biométricos
  • Validação de vivacidade (liveness detection)

Metodologia de ptest para controle de acesso

Fase 1: Reconhecimento e mapeamento

Identifique todos os ativos conectados:

  • Modelos de leitores e fabricantes
  • Versões de firmware em uso
  • Topologia de rede e segmentação
  • Integrações com sistemas corporativos

Fase 2: Análise de Firmware

Execute testes estáticos e dinâmicos:

  • Extração de imagens de firmware
  • Análise de binários e sistemas de arquivos
  • Identificação de backdoors e credenciais
  • Verificação de componentes open-source vulneráveis

Fase 3: Ptes em rede

Simule ataques realistas:

  • Exploração de protocolos de comunicação
  • Testes de injeção e overflow
  • Bypass de autenticação
  • Escalação de privilégios

Fase 4: Avaliação de dispositivos físicos

Verifique controles físicos:

  • Manipulação de hardware
  • Clonagem de credenciais
  • Testes de tamper protection
  • Validação de mecanismos de fallback

Impactos de vulnerabilidades não corrigidas

Sistemas de controle de acesso funcionam como dispositivos IoT interconectados com tecnologias de monitoramento por vídeo e acessíveis remotamente via internet (Asimily, 2024).

Consequências para o negócio:

  • Acesso não autorizado a áreas restritas
  • Exposição de dados sensíveis
  • Comprometimento de redes internas
  • Violações de conformidade regulatória
  • Danos reputacionais e financeiros

Como um pentest especializado protege sua empresa

Um pentest IoT da RESH avalia toda a superfície de ataque física e lógica. Nossa metodologia identifica:

  • Vulnerabilidades em firmware antes da exploração
  • Configurações inseguras em controladores
  • Falhas de segmentação de rede
  • Fraquezas em implementações biométricas

Além disso, fornecemos relatórios técnicos detalhados com:

  • Classificação de riscos por criticidade
  • Evidências de vulnerabilidades identificadas
  • Recomendações de remediação priorizadas
  • Plano de ação para conformidade

Melhores práticas de segurança

Gerenciamento de firmware

  • Mantenha dispositivos atualizados com patches de segurança
  • Implemente processos de validação criptográfica
  • Desative funcionalidades legadas desnecessárias
  • Monitore alertas de fabricantes

Segmentação e controles de rede

  • Isole sistemas de acesso em VLANs dedicadas
  • Implemente inspeção profunda de pacotes
  • Configure autenticação forte para administração
  • Registre e monitore todas as comunicações

Hardening de dispositivos

  • Altere credenciais padrão imediatamente
  • Desabilite serviços não essenciais
  • Configure timeouts de sessão apropriados
  • Implemente autenticação multifator

Testes regulares

No entanto, a segurança não é evento único. Por exemplo, realize pentests anuais ou após mudanças significativas. Além disso, combine testes manuais com varreduras automatizadas contínuas.

O Futuro da segurança em controle de acesso

A convergência entre segurança física e cibersegurança intensifica-se. Sistemas de IA, reconhecimento facial avançado e integração cloud expandem a complexidade.

Portanto, empresas precisam tratar dispositivos de acesso físico como endpoints críticos. Um pentest proativo identifica vulnerabilidades antes que invasores as explorem.

Conclusão

Sistemas de acesso físico conectados representam vetores de ataque frequentemente negligenciados. Leitores biométricos, controladores de porta e câmeras de reconhecimento facial carregam vulnerabilidades que podem comprometer toda a infraestrutura corporativa.

Um pentest especializado em IoT e segurança física não apenas identifica essas falhas. Ele fornece o roadmap necessário para transformar seu controle de acesso em camada efetiva de defesa.

A RESH oferece expertise técnica para avaliar a segurança completa de seus sistemas de acesso físico. Entre em contato para uma avaliação personalizada.

Referências:

  • Yeh, L.-Y., et al. (2021). Biometrics for Internet-of-Things Security: A Review. Sensors, 21(18), 6163. PMC Research. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8472874/
  • ONEKEY Research (2025). Door opener IoT: 90 percent of the firmware files contain critical security vulnerabilities. ONEKEY Blog. https://www.onekey.com/resource/door-opener-iot-90-percent-of-the-firmware-files-contain-critical-security-vulnerabilities
  • U.S. Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (2022). HID Mercury Access Control Vulnerabilities Advisory (CARR-PSA-006-0622). CISA ICS Advisory.
  • Asimily (2024). The Unseen IoT Vulnerabilities in Building Access Control. Asimily Blog. https://asimily.com/blog/iot-vulnerabilities-in-building-access-control/

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